Quando em 1996 o meu primo Mário me levou à 2ª edição do Super Bock Super Rock, tinha eu 16 anos, e numa altura em que não existiam festivais de verão como hoje, e não era normal com essa idade frequentar os mesmos, era expectável que viesse a ser um frequentador assíduo destes eventos em que durante 3, 4, 5 dias nada mais interessa do que a música e o convívo com os amigos. Nessa minha primeira incursão os concertos que mais me marcaram foram D-A-D e The Prodigy.

O auge deste hábito foi a presença durante anos seguidos no Festival do Sudoeste, com um chegado e grande grupo de amigos, e com os Cães de Louça, um marco na história deste festival, e que ainda neste ano de 2013 é aproveitado nas redes sociais, sendo partilhadas fotos do nosso grupo pelas contas oficiais de Twitter e Facebook do festival.

Os anos passam (e de que maneira), os hábitos mudam, e nestes últimos 4 anos o Super Bock Super Rock mudou-se para perto de casa e eu voltei ao festival que me estreou nestas andanças. Houve ainda uma breve passagem pela edição de 2008, no Porto, para ver Jamiroquai e Morcheeba.

A música passou a ser tão importante para mim, que um curso de Engenharia Informática foi interrompido porque me tornei DJ, em pequenos bares daqui da zona. A estante da sala está cheia de CDs e discos de Vynil desses tempos em que não sonhava que viria a usar o Traktor para fazer emissões online de dj sets com o nome #meteDiscosWonderm00n.

O que eu não esperava é que passados tantos anos estaria na 19ª edição do SBSR a fotografar concertos para um projecto online, que entretanto desenvolvi, dedicado a Festivais de Verão, e tivesse a oportunidade de viver o festival de uma forma completamente diferente, estando frente a frente com os artistas, na boca do palco, a escassos metros da acção. É interessantíssimo ver a azáfama da organização, o que acontece nos bastiadores, o stress dos atrasos nas actuações, a complexidade do esquema de segurança e tanto mais.

Super Bock Super Rock

O projecto Horários dos Festivais de Verão é pequeno: um simples site com a informação essencial para qualquer festivaleiro e uma página de Facebook com notícias, fotos e pouco mais. O material que uso é rudimentar: a minha velha Canon EOS 350D e uma (merda de uma) tele-objectiva da Sigma, que tantas dores de cabeça me dão para obter boas imagens em ambientes escuros e iluminados com cores fortes. O projecto não é rentável e o investimento em novo material não é, de todo, uma prioridade. É a vontade, o empenho e o gosto pela música que fazem com que tente ultrapassar estas dificuldades e tente fazer o melhor possível.

Um agradecimento à Música no Coração pela confiança e pela oportunidade.

A fotografar ou não, com ou sem acreditação de imprensa, continuarei a frequentar festivais de música, nomeadamente o Super Bock Super Rock, aquele que me iniciou nestas lides.

PS: Não digam à Paula Cardoso, mas acho que o Luís vai pelo mesmo caminho. Ó para ele no Sumol Summer Fest do ano passado:

Supastyle!!

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